31.7.10

Técnicas Básicas de Joalharia - Curso de Verão 2010 (II)

A BONEQUINHA DA PATI
Apresentação da boneca na exposição realizada no último dia do curso (30/07/2010).Materiais: cobre e latão.
Fazer joalharia implica o domínio de técnicas básicas, como serrar. Esta boneca surgiu da necessidade de treinar a mão para o uso de uma serra 0/5. O "rabisco" da camisola foi feito um pouco ao acaso. O resto veio por acréscimo. As dicas da Professora Marília e as saudades da Pati ajudaram a compor o conjunto. Depois de serrar, há que limar e lixar.
Ferramentas diversas, entre as quais as limas de calado (as mais fininhas, à esquerda).
Entretanto, foi necessário aprender a usar o pião manual para furar e fazer as argolas. Muitas vezes, o arame não tem a grossura pretendida, sendo necessário puxar o fio na fieira.
Lubrificação do fio previamente recozido e utilização da fieira para o puxar.
Enrolar o arame para fazer argolas.
A verdadeira "prova de fogo" foi soldar. Há passos imprescindíveis como a aplicação de "tincal" e a colocação da solda. Depois é necessário conhecer a forma como cada metal reage ao aquecimento e saber quando parar. As peças ficam com um aspecto foleiro e "esturricado". Há que limpá-las no ácido. Por fim, os acabamentos finais: lixar e polir.
Soldadura da boneca

29.7.10

Técnicas Básicas de Joalharia - Curso de Verão 2010 (I)

O Nascimento de um Anel
Durante a semana que está a decorrer (26 a 29 de Julho) estou a frequentar um curso intensivo de técnicas de joalharia. Este curso decorre nas oficinas das «Casas do Visconde» em Canas de Senhorim (a 20 ? Km de Viseu) e é orientado por Marília Maria Mira. É como se a aprendizagem prática desenvolvida ao longo destes dias abrisse, de repente, uma janela mágica para o mundo da alquimia. São ideias que vão tomando forma e que se vão concretizando, passo após passo, através de um itinerário mágico que nos obriga a conciliar a técnica e a criatividade. Sob a sábia e paciente orientação da professora Marília e num ambiente descontraído e de convívio muito agradável, tenho tido a oportunidade de constatar a complexidade que a arte da joalharia envolve, desde o manuseamento das ferramentas, até ao conhecimento dos metais e das suas reacções,os processos da soldadura, os acabamentos, etc. O primeiro anel que fiz (ver foto em baixo) testemunha esse complexo processo de transformação: comecei por lhe chamar «anel Vicking» justamente por, no início, ser muito grosseiro e tosco. Depois a "casca foi caindo" e , por fim, o polimento parece que transformou o latão em ouro. A aplicação da pedra deu-lhe um toque magestoso.O nome «anel Raínha» surgiu do comentário das colegas de curso e assentou que nem uma luva. As mãos mestras da professora Marília deram uma ajuda preciosa.
Anel Raínha - Feito em latão e aplicação de uma pedra com espigão de prata.
Já a seguir apresento algumas fotos dos passos finais da realização deste anel, nomeadamente a preparação do espigão em prata que prende a pedra e o polimento com camurça e sabão verde que lhe deu aquele aspecto brilhante de ouro.